Page copy protected against web site content infringement by Copyscape

quinta-feira, 31 de maio de 2007

Cromisses!!!

Bem, a pedido de muitas famílias, vou falar/escrever sobre temas verdadeiramente sombrios e depressivos. (Agora tens razão para me comparar a autores verdadeiramente artistas e dizer k xego as unhas dos pés dos mesmos). lol

Atenção, aviso desde já que nada do que irei escrever reflecte a minha actual Vida ou estado de espírito, trata-se apenas de uma aventura pela arte da escrita!
aki vai...


Hoje bem me lembrei
Que para a morte eu bem c***ei.
A sua sombra não me amedronta,
Pois já sei com o que se conta!

O cheiro nauseabundo,
Numa cova bem fundo,
Vermes como companhia,
Disto eu já sabia!

(agora a parte depressiva)

Mesmo assim sou fraco,
E com a depressão ando taco a taco.
Só espero que seja em breve...
A Morte deste que agora escreve...
Não mereço nada deste mundo,
apenas o direito a ser defunto... sniff....

(e cai o pano com o declamador a fazer expressão melodramática, e um cromo qualquer seguro por fios a fazer de anjo da morte)

LOL

Atingi os calcanhares dos Grandes oh sua reles? Ou nem passei da sola dos pés???

Bem hajam! =) * * * *

quarta-feira, 30 de maio de 2007

Manhã Submersa

Não, este não é um título de um livro de um escritor português talvez não tão afamado como devia. Não, Não é um tema lírico de alguém que não tem nada que fazer de manhã.
São 7:10 da matina... dia de greve geral, a 5ª se não me engano desde que Portugal é conhecido como país livre das garras da opressão da ditadura.
Bem, devia fazer greve também mas os meus valores e a noção de que a minha função e missão de profissional de saúde tem de ser cumprida, não obstante a minha vontade de ficar em casa a descansar ou a lutar por melhores condições de trabalho. Afinal de contas já tive tempo mais que suficiente que muita boa gente depende do meu trabalho para terem alguma qualidade de vida na sua já dificil vivência.

O engraçado é xegar ao local de trabalho e ver o cenário de manhã submersa num completo atordoamento: enfermeiros a dormir no interior das suas viaturas; doentes na sala de espera quase a ressonar apenas com o som do notíciário das 7; os administrativos na fofoquise matinal (pois isso é muito importante na dinâmica do serviço); as enfermeiras provenientes dos balneários com fardas cada vez mais transparentes e alheias ao facto de se poder ver a sua roupa interior escura a kilómetros de distância (lol);...
Enfim... só eu é que podia reparar nestas cousas numa hora de seca completa enquanto tou à espera da minha hora de entrada... ligo os computadores, ponho música, faço a gestão (na diagonal) do stock de medicamentos, preparo tratamentos para poderem ser processados... secaaaaannnte!

Podia tar na cama mas n tou... e não me sinto mal por isso! Tenho de tratar pessoas =)

Bem Hajam! =) * * * *

sábado, 19 de maio de 2007

Pseudo-Palavras

A brincar se dizem verdades
E na mais singela palavra
Se diz muito mais que um pensamento.

Sejam simples graças ou vaidades,
A palavra que no nosso discurso lavra,
Bem rebuscada e a passo lento,
Leva a desentendimentos
E menosprezo de sentimentos.

De facto, graças às pseudo-palavras,
Muito Homem a sua sepultura cava….

Mas cavam com prazer!!!
Deixam beleza no discurso!
Para muitos faz-se passar por urso,
Mas deixam um futuro para ler!

Não é só simples leitura corrida!
É um desabafo multi-interpretável
De um momento inefável,
É um sopro da Vida,
É experiência vivida!

...
Ou para muitos, simples pseudo-palavras…
Vaidade camuflada…
Palavras menosprezadas…
Uma verdade errada…

Sorrio a quem me tenta diminuir! =)
Bem hajam! * * *

quarta-feira, 16 de maio de 2007

A Bela Noite

Levanto-me do cadeirão…
É certo, um pouco cansado.
Lembro-me da escuridão
Pela qual passei meio arrastado.

“Vou lá fora arejar…”
Mal chego sinto a brisa vinda do mar
A noite estrelada – “Lindo!”
Ar fresco que agora sinto
É para o espírito doce bálsamo!

São estes prazeres simples que amo:
O som da fauna nocturna, agitada;
O cheiro a terra húmida em tempo quente;
O desejo e recordação do que já não se sente;
Ninguém na estrada…

Suponho que nunca tinha sentido
A noite assim, tão estrelada…
“Bela!” – queria eu que ontem já tivesse sido,
Esta sensação que agora em mim alastra.

Deito-me na relva molhada
E contemplo a vista de céu estrelada.
Este lugar é meu! Pertence-me neste momento,
Sei que essa é a minha vista privada.

Acordo do transe com o frio vento
Sorrio e penso no meu egocentrismo,
“Não é meu, é de quem olha e sente
Como agora sinto e cismo!”
Que devaneio da minha mente!

Que Bela Noite…!

* * *

quarta-feira, 2 de maio de 2007

Meu Pôr do Sol


Há dias belos que revestem o passado.
Lá dizia o velho sábio:
"Não existem tempos felizes,
Apenas momentos felizes."

Viver tem de ser como quem morde o lábio
Sempre atento à realidade,
Ter a noção de que nada é eterno,
E saber que ao lado há (in)felicidade.

Ás vezes choro, outras desato a rir!
Nunca ninguém disse que é fácil!!!
Custa tanto perder o que é ou foi bom
E às vezes nos damos conta que foram em vão
As tristezas que acima de tudo as são!

"E pronto!" Mais um Sol se esconde
No mar da Vida... Não é triste,
É prenúncio de novo nascer!
Futuros momentos felizes virão,
Claro também o sofrer,
Sim, também o desespero,
Sim, também um Fim...

Mas que piada tem viver a Vida
Todinha de seguida,
Sem aprendermos a vive-la?
Conhecer as suas mãnhas?

Agora sorrio! Tenho de ser Forte! Há beleza num Pôr do Sol, mas também a há no Nascer do Sol.
Vou-me sentar a ouvir o mar, os sons da noite e da dúvida, fexar os olhos, rir-me e dizer "Não tenho medo. Eu sei que o amanhecer vem aí!"

Bem hajam! =) * * * *

terça-feira, 1 de maio de 2007

Ajuda

Hoje foi mais um dia de trabalho...
Daqui a nada dou em maluco... em 15 dias tenho um dia de descanso... nem devia tar a descarregar agora o que assimilei do dia de hoje porque daqui a poucas horas tou a trabalhar de novo...!!!
O que me vale é que daqui a 15 dias tou de férias!!! =D Menos mal.

A minha experiência de hoje foi muito reconfortante e fez-me pensar realmente no papel de qualquer um de nós que tem a capacidade de dar a mão a quem precisa. Fez-me pensar na beleza do ser humano e a humildade do mesmo quando agradece.
Estava eu a fumar o meu cigarro (sim... tenho de largar o vício) à porta das urgências e vi um carro chegar com bastante celeridade. Vi uma senhora sair do carro e abrir a porta do passageiro para tirar de lá a Mãe julgo eu. Tudo bem tirando o ar de aflição e sofrimento das senhoras, mas dava para notar quem ia às urgências: a mais idosa, a mãe.
Vinham a comentar se seria melhor trazer uma cadeira de rodas. A "mãe" mal podia andar mas negava que fosse necessária uma cadeira de rodas. Como é óbvio ofereci a minha ajuda e educadamente foi negada.
"OK" pensei eu. Voltei para dentro depois de apagar o cigarro e indiquei o balcão das urgências. Mas sempre tive a mania de olhar para trás... Olhei e vi a senhora em dificuldades depois de ter sido deixada à espera de ser atendida. Lá fui eu em passo acelerado oferecer de novo uma cadeira de rodas pois não haviam cadeiras.

"Obrigada!" ouvi eu! Esboçei um sorriso e respondi "que não é mais do que a minha obrigação". Mas entretanto a condutora meio atrapalhada foi arrumar o carro e ofereci-me para tomar conta da "Mãe".

"Obrigada menino! Sabe... senti-me mal e reparei que a costura rebentou e ando aqui a escorrer sangue! Tive de vir cá... mas a menina enfermeira já me fez o penso em casa." Disse a senhora meio a tremelicar.
"Foi o melhor que fez! Não se preocupe que vai ser atendida num instante!" disse eu a fazer sinal para uma enfermeira que conheço para acelerar as cousas.
"É hora de almoço não é menino?"
"É sim mas já devem tar aí a vir não tarda. Quer que lhe traga alguma cousa entretanto? Não se preocupe que faço-lhe companhia. Um copo de água talvez?" disse eu ao qual a senhora respondeu positivamente com a cabeça.

Lá fui na minha nova demanda! =)
Trouxe o copo de água natural, a qual a senhora sorveu com algum reconforto.
"Sente-se melhor? Não tá muito fria para si espero..." perguntei.
"Oh sim menino. Tá óptima! Muito obrigada!" Foi aí que vi um verdadeiro sorriso pla primeira vez na senhora. No entanto ela nunca olhou directamente para mim... estranho.
Mas logo nesse momento volta a suposta filha condutora meio aflita. Ao ver que tinha tomado conta da mãe, ficou mais aliviada e agradeceu-me. A voz da mãe não se fez esperar:
"Aqui o menino tratou-me muito bem! fez companhia e até água ofereceu!"

Meu Deus! Onde é que eu me vou esconder?!?!? Sinto-me observado, avaliado e um pouco pateta! lol
Agradeci como é óbvio!
Mas o que ouvi depois deixou-me estarrecido...

"Obrigada pelo seu lindo sorriso! Posso não o conseguir ver, mas vou-me de certeza lembrar da sua voz."

Wow...
Ganhei o dia! Sinto-me outro! =D
Voltei para a farmácia e ao trabalho também. Com outro alento é certo, mas sempre a pensar no mistério da gratidão entre a humanidade, a pensar na mão que muita gente naquele corredor podia ter dado e que eu fui o sortudo de poder partilhar esta experiência única.

Obrigado eu!

BEM HAJAM! =D