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quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Vagabundo

Deambulo por montes
E terras ignoradas
De quentes e salubres fontes.
Sou ignorado nas calçadas
Como outro turista qualquer.


Tento não olhar ou entender
A dificil situação de que tento sair...
Não sei se deixando o meu coração abrir
Ou simplesmente esquecendo o sofrer.


Torna-se fardo que deambula comigo!
Livrar-me dele eu sei que consigo...
Só o tempo, a paisagem, o aroma do ar,
Me ajuda neste meu "vagabundear".


Sou Vagabundo em toda a terra
Grito o Amor próprio a toda a gente!
Quero negar o falso que me rodeia e mente!
Quero ser encontrado por quem não me nega!

A solidão espreita a cada canto,
Esperando levar a minha alma
Assim que a noite cai com seu negro manto.
"Tenho de manter a calma!"
Digo eu próprio para não me perder.
Só me resta a fúria de escrever!

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Escrevendo...

"A escrita tornou-se psicose"...
As palavras, as linhas,
Como prelúdios de apoptose
De conflitos... As rimas
Entreteem olhos e corações
De quem escreve, lê e sente.
Falam do que não é claro,
Do verosímil! São de quem mente
Com verdades, faladas em canções
Imaginadas de Amor raro...

Amor à arte, Amor à escrita,
Amor ao filme, à fita
De histórias vividas
E de outras que se querem sentidas!
A necessidade ultrapassa a recusa
De nada mostrar aos demais...
É mais uma série de perguntas à musa
Enviando mensagens na ponta do cais!

Vida à meia-praia

O Sol quente recebe-me convidando
À meia-praia com o mar saboreando
A areia que se envolve nos meus pés
Fazendo ternuras salgadas de cor grés...


Longe d'aqui sinto a brisa esperada
Refrescando a Alma no sentimento.
Já não deve tardar uma nova alvorada...
Serás tu a promessa deste momento?


A Arte que me protege
Esconde o que possa sentir
Nas leis pelas quais o coração
Sempre e inevitavelmente se rege.
De que me vale fugir ou mentir?

Escapar da meia-praia não quero!
A areia atrasa-me no andar,
O coração pede-me para continuar,
Perdendo-me no mar inexorável
E esperando pela Felicidade provável...

sábado, 16 de agosto de 2008

Bússola

Encontro-me perdido...
Tenho bússola, mas onde é o norte?
Não tenho nada que me prenda
Nem sequer a morte.

Sinto-me livre mas constrangido,
Sinto esperanças que me pegam,
Como maldições do tempo já ido...
O norte, o sul, este e oeste não me negam
Os fantasmas do presente.
Resta-me amor próprio sempre crescente
E um respeito por quem ao meu lado está,
Onde quer que esteja e onde quer que eu vá.

Bússola sem mapa é exequível.
Difícil é saber para onde tenho de ir:
Se me deixo levar pelas emoções,
Ou me deixo simplesmente rir
Das minhas atribulações
Nesta Vida volúvel e imprevisível.

Tenho de olhar em frente!
Rir onde choram e lamentam!
Ser forte e indiferente,
Às vicissitudes que no futuro se enfrentam!
A bússola para o norte aponta?
Para onde eu sigo? Isso já é da minha conta!

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Indefinição

Olho hoje para o mar.
Tento saborear antigos sabores.
Mas não sabem ao mesmo, não são doces.
O céu, o sol, a lua, a noite, o vaguear...
Sinto que sentimento de indefinição
Agora é geral, não sei de nada,
Nem mesmo para onde me leva a estrada!
Nem acredito que ainda tenha coração...


Aprendi a sentir como se vive
A noção de estar livre
Aprendi a Amar, acarinhar, preocupar,
Saber que o Mundo não ia acabar.
Mas é inevitável!, esta indefinição
Preocupa-me. É legítimo, não?


Tento seguir ideias, alimentar esperanças,
Decerto tudo acabará bem... Mas como?
Como disfarço a amargura que me consome?
Como ver com saudade sem tristeza as lembranças?
Como tirar o aperto, sorrir, esquecer o que me absorve?

Alguém que me diga que é questão
De tempo ido, de pessoas novas conhecidas,
Experiências bem vividas,
Ocupar de novo o coração...
Engane-se!!! Não é!

Eu sei que há cousas piores...
Resta-me não procurar e deixar-me encontrar
Seja para a felicidade voltar de novo
Ou para aprender de novo a amar...

Prisão no Ar

Voa! Abre as asas e voa!
Entrega-te ao sabor do vento
Na cor do dia e à noite no relento.
Nada te prende onde o arrependimento ecoa.

Voa! Leva a liberdade de pássaro contigo!
Prende-te a essa realidade, Entrega-te ao Ar,
Lá onde não existe verbo Amar...
Mas também não há coração ferido... partido...

Quem sou eu para te negar o céu?
Que me prendam também por favor!
No teu tribunal serei criminoso, um réu...
Mas serei preso por tanto te amar também?

Eleva-te no ar meu Amor!
Faz do horizonte teu limite, fronteira,
Que o nosso amor não seja barreira,
Prisão, pudor, ou motivo de dor

Sente o vento na tua face.
Diz-me como é estar preso na liberdade
Junto contigo quero conhecer a verdade
Como se contigo junto voasse!