Um dia voltei-me para ela,
E pedi-lhe que pisasse o areal
Ao meu lado. Esquecemos a singela
Inevitabilidade do tempo, sem mal,
Sem preocupação do que virá,
Do que na próxima esquina estará
Para nós, felicidade ou tristeza.
Apenas uma leve ligeireza
De dois que se sentem apenas um:
Duas pegadas, uma direcção.
"...Pega a minha mão..."
Faço hoje de mim um contador
De histórias que vivo
Sem ressentimentos ou dor,
Sem necessidade de ter crivo
Que me cale ou que omita
O que vivi de verdade.
Ela é em mim cidade...
Sei que ela me ouve
Com um sorriso cúmplice
De quem não o viveu mas respira
De novo, como quem nela vive,
Alimenta e ilumina!
Mas ali n'aquele areal,
Terra sem qualquer foral,
Ao som da música da nossa voz
Compassado com as ondas do mar,
Fazendo os nossos corações uma grande foz
De quem sente verdadeiramente o verbo "Amar"...
Eu também sinto as histórias dela,
Também sou cidade,
Também lhe sou cúmplice,
Também sou sua estrela,
Também sou realidade desejada!
"Sentes a areia nos teus dedos?"
Sentes a brisa quente do meu abraço?
Sentes a força deste meu estreito laço?
Hoje, as histórias somos nós!
Voto meu será que assim possa continuar a ser…
6 comentários:
Ainda estou dormente com o que li há quase uma hora atrás. É inacreditável, como vives constantemente no meu pensamento.
Pensava que sabia muito de mim, que conhecia todas as teorias da conquista, que jamais iria conseguir confiar e dar de mim a alguém, como outrora confiei e dei. Por escassos momentos jurei que nunca mais voltaria a confiar. Posteriormente, fui dando uma oportunidade a mim mesma e, em vez de pensar afincadamente na palavra "jamais", passei a acreditar na dificuldade que teria em encontrar alguém que me amasse sem pensar no "troféu" que sou aos olhos dos outros, que me amasse, como se fosse a "escolhida" de entre muitas mulheres, que me amasse tal como sou, que me fizesse sentir amada, sem precisar de o ouvir vezes sem conta... Fui desconfiando da minha própria essência, do "Ser humano" que todos à minha volta acreditavam que eu era, mas que eu teimava em duvidar.Cheguei a desconfiar da minha capacidade de voltar a amar alguém e de voltar a confiar (a confiança traída deixa profundas marcas, eliminadas apenas por almas raras que, a certa altura, cruzam o nosso caminho).
Tornei-me desconfiada por natureza, fria comigo mesma,...
Hoje, AMO sem ter receio de amar sem limites, confio sem ter receio de confiar, dou de mim, a quem me fez voltar a acreditar de forma tão inesperada e intensa que eu sou digna de ser feliz e de me sentir completa. Encontrei-me em ti, meu amor!
Contigo encontrei um novo significado para a palavra AMAR... Derrubaste as muralhas que em tempos teimei em construir à minha volta e que não quero que se voltem a erguer.
Não vou negar que às vezes fico assustada com a intensidade do que sinto, tentando introduzir um pouco da minha racionalidade, tão típica do ser Virginiano, mas no mesmo instante sinto que me devo deixar levar. Tal como Agostinho da Silva tão bem proferiu " Sinto, e só existo quando sinto, e por sentir o Universo existe"
Defendemos os mesmos princípios numa relação: Sinceridade acima de qualquer coisa, Fidelidade, Confiança... 3 palavras impreterivelmente não derrubadas entre nós...assim farei para que continue.
Quero-te comigo num momento chamado Sempre !
Lol, já me estendi :S ! Apeteceu-me...deixei-me levar por esta enorme sensação de bem-estar, com um toque de sonolência e ao som de uma agradável música (Gabin)
Amo-te
Hannya ;)
.
Após tamanha declaração, como humilde desconhecido digo de uma só vez o que já iria fazer.
Parabéns, estrelas pra ti Poeta.
lindo texto
Thales,
Resta-me agradecer. Obrigado pelas estrelas. Mas recuso o título de "poeta". Sou só mais um que gosta de escrever com frases curtas e com algumas rimas! =)
Abraços!
Fábio,
Obrigado! =)
Abraços!
Hannya,
I'm Speachless...
De certeza que este comentário será daqueles que ficaram para a minha história!
=D * * *
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