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quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Roubo?

Entrego o meu coração
A uma vitrine viva, o corpo meu
Exibo o bom que há mim e o já se deu
De gentil mão em carinhosa mão,
Sentimentos que o coração sempre cedeu.

Encontra-se, de todos, à vista,
Escondido de quem não o quer ver
Risse de quem quer compadecer
E chora por quem é humanista.

É o meu coração!
Quem lhe vem por a mão?
É bom ladrão! Pois rouba valor
Que não vale nada a simples ladrão!
Não há cristais, tesouros... só amor
E vontade de estar com outro bom coração...

Entregar simplesmente o coração
Sem este ser roubado,
É dizer que não é diferente da calçada do chão,
E que nunca poderá ser amado e cuidado.

Por isso insisto! Roubem corações!
Eles querem ser roubados!
Um dia à felicidade são levados
Com hinos de embalar e respectivas canções!

O Mundo pode amanha acabar...
Não desperdicem oportunidades
Para roubar ou deixarem-se furtar!
Esperam-nos bons momentos envoltos em doce "amar!"
Boas alturas para não ligar a idades!
Simplesmente deixem-se amar!
Deixem-se roubar!

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