Não sinto o meu corpo.
Não está dorido, magoado.
Nada me causa estorvo!
Nada me deixa irritado!
Sorrio às dificuldades e vicissitudes,
Desdenho incorretas atitudes
De quem me quer ver desesperado,
Atormentado e malogrado.
Porquê? Porque me vejo a flutuar!
Não! Não é um sonho e não tenho de acordar!
É real na minha noção de momento de felicidade,
Sinto que nada me afecta nesta estabilidade
"É uma utopia!" dizem-me descaradamente!
O que interessa isso? Qual o prazer
Em deslidudir imagens mentais contantemente?
Eu sorrio duas vezes. Sou eu que estou as estou a viver!
Sentir, sentir, sentir, sentir!
Repito com agrado! Do sentir não quero fugir
Para momentos menos bons.
Quero ouvir mais e sublimes sons!
Quero ler mais palavras arrepiantes!
Quero nas minhas mãos movimentos redundantes!
Gestos lentos onde dormem as minhas palavras...
...Provavelmente as minhas únicas escravas
Do tão meu verbo "Sentir"!
Olho para o chão,
E despego-me da minha sombra.
Sorrio para este clarão que me traz
Luz quente para a minha alma!
Não sinto o meu corpo...
Não sinto o tempo nem espaço,
Dou alento a tudo, que com veracidade faço,
Digo, encanto!
Sinto-me flutuando!
Pouso as mãos e deixo-me levar pela inércia
Do momentum, querendo-me sem pressa
Na paciência, numa leve cadência
De sons e palavras dedicadas, delicadas.
Leio-te ávidamente em prudentes palavras...
...Abro os olhos, encontro-os nos teus.
Num egoísmo louco torno-os meus...
Num egoísmo louco torno-os meus...
Flutuando...!
2 comentários:
Gosto de flutuar!
Este flutuar é perigoso...
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