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quarta-feira, 16 de maio de 2007

A Bela Noite

Levanto-me do cadeirão…
É certo, um pouco cansado.
Lembro-me da escuridão
Pela qual passei meio arrastado.

“Vou lá fora arejar…”
Mal chego sinto a brisa vinda do mar
A noite estrelada – “Lindo!”
Ar fresco que agora sinto
É para o espírito doce bálsamo!

São estes prazeres simples que amo:
O som da fauna nocturna, agitada;
O cheiro a terra húmida em tempo quente;
O desejo e recordação do que já não se sente;
Ninguém na estrada…

Suponho que nunca tinha sentido
A noite assim, tão estrelada…
“Bela!” – queria eu que ontem já tivesse sido,
Esta sensação que agora em mim alastra.

Deito-me na relva molhada
E contemplo a vista de céu estrelada.
Este lugar é meu! Pertence-me neste momento,
Sei que essa é a minha vista privada.

Acordo do transe com o frio vento
Sorrio e penso no meu egocentrismo,
“Não é meu, é de quem olha e sente
Como agora sinto e cismo!”
Que devaneio da minha mente!

Que Bela Noite…!

* * *

1 comentário:

Mia Pierrèt disse...

g'ande bebedeira... lol